BlogBlogs.Com.Br

domingo, 28 de junho de 2009

Calendário Escolar é de negociação obrigatória e só com a actual equipa ministerial deixou de ser negociado


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas



Calendário Escolar é de negociação obrigatória e só com a actual equipa ministerial deixou de ser negociado

O calendário aprovado para cada ano escolar contém matéria que é de negociação obrigatória. Por essa razão, todos os governos anteriores, de todas as maiorias, negociaram o calendário escolar com as organizações sindicais.

De facto, assim o obriga a Lei n.º 23/98, de 26 de Maio, no seu Artigo 6.º (que define o "Objecto de negociação colectiva"), nas suas alíneas f) e g), ao considerar de negociação obrigatória a duração do trabalho e o regime de férias, respectivamente, matérias que também são do âmbito do calendário escolar.

O actual Governo negociou o calendário escolar no primeiro ano da Legislatura (para 2005/2006), sendo o parecer da FENPROF datado de 5 de Julho de 2005. Nos dois anos seguintes (2006/2007 e 2007/2008), o ME impôs unilateralmente o calendário, aprovando em Conselho de Ministros, sem negociação prévia, o despacho que o contempla.

O ano passado, face aos anteriores protestos da FENPROF, o ME voltou a negociar esta matéria, que mereceu parecer escrito, tendo a reunião negocial decorrido em 25 de Junho. Este ano, talvez por despedida, o Ministério da Educação decidiu retomar os maus hábitos (os seus hábitos) e regressar ao "quero, posso e mando!", voltando a decidir sozinho.

Prevendo o pior, a FENPROF já tinha recordado ao ME que esta negociação era necessária e estava atrasada. Fê-lo nas reuniões realizadas em 12 e 16 de Junho, no Ministério da Educação, tendo sido reconhecido, pela tutela, que, efectivamente, havia algum atraso na definição do calendário escolar. Ontem, dia 26 de Junho, confrontado com o protesto da FENPROF, o Secretário de Estado Adjunto e da Educação remeteu-se, simplesmente, ao silêncio, não tendo apresentado qualquer justificação.

Educação Pré-Escolar

Em relação ao despacho agora imposto, a FENPROF discorda - sendo essa a principal divergência - , do calendário de actividades lectivas definido para a Educação Pré-Escolar.

Ao prolongar essas actividades em todos os períodos de interrupção (Natal, Páscoa e Verão), o ME dificulta ou impede que os docentes daquele sector de educação participem nas reuniões pedagógicas dos seus agrupamentos.

Por outro lado, esse prolongamento de actividades lectivas denuncia a perspectiva ministerial em relação à Educação Pré-Escolar, claramente uma perspectiva de ordem social e não educativa, usando os recursos educativos, incluindo os docentes, para substituir uma resposta que deveria ser dada no âmbito da designada componente de apoio à família. Estranha postura por parte de quem diz querer universalizar a Educação Pré-Escolar.

Será por essa razão que não consegue, sequer, esclarecer para quando prevê tal universalização?

O Secretariado Nacional da FENPROF

27/06/2009




Não deixem de assinar a petição pelo mesmo calendário para o Pré-Escolar. Não é possível a ligação e a sequensialidade se os docentes não se encontrarem. Também é aberrante obrigar os docentes do 1º ciclo ficarem na Escola à espera que as actividades do Pré-escolar terminem para reunirem.

É a maior hipocrisia legislativa do ME, porque mais 2 semanas não resolvem o problema às famílias e destruíram o que as famílias tinham organizado nas escolas.


É urguente denunciar. Basta ir à Página da Fenprof e assinar, não custa nada e é um docente com a "cabeça a pensar"



Temos que estar unidos e ninguém pode pensar que faz "a casa sem os alicerces".

0 commentaires:

Protesto Gráfico

Protesto Gráfico
Protesto Gráfico